terça-feira, 24 de julho de 2012

CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

Diariamente utilizamos expressões com significados diferentes daquilo que elas representam literalmente, mas raramente nos preocupamos em ir atrás da sua origem ou — até mesmo — da sua forma correta. Veja e confira.

1. Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão: o correto é batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão..
2. Enfiou o pé na jaca: o correto é enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma bebida. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso.
3. Cor de burro quando foge: o correto é corro de burro quando foge!
4. Quem tem boca vai a Roma: pois é, eu também fiquei surpresa ao saber que o correto não tem nada a ver com a capacidade de pela comunicação ir a qualquer parte do mundo, e sim uma forma de exortação à crítica política; o correto é quem tem boca vaia Roma.
5. É a cara do pai escarrado e cuspido: essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai; o correto é a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade).
6. Quem não tem cão, caça com gato: o correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!
7. Voto de Minerva: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à Minerva, personagem da mitologia grega, o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
8. Casa da mãe Joana: na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar numa casa, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
9. Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
10. Não entender patavinas: os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
11. Dourar a pílula: antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
12. Sem eira nem beira: os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
13. O canto do cisne: dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.

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