Mercadante
defendeu a presença das universidades na elevação da qualidade do
ensino médio do País. Ele anunciou Internet e tablets nas escolas em
2013
A Lei de Cotas, cuja regulamentação deve ser apresentada pelo Governo
até no máximo esta quinta-feira, contribuirá para a melhoria do ensino
das escolas públicas. Foi o que avaliou o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, ao participar ontem da abertura do seminário Qualidade do
Ensino Médio, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.
De acordo com o ministro, com maior possibilidade de ingresso na
universidade, os estudantes e professores se empenharão mais para
melhorar a qualidade do ensino. No entanto, Mercadante lembrou que as
instituições do ensino superior terão de se esforçar para garantir o
pleno acompanhamento desses estudantes.
O ministro defendeu a participação das universidades federais na
elevação da qualidade do ensino médio do País. Para ele, a boa formação
universitária do docente garante um melhor rendimento dentro da sala de
aula: “A universidade agora terá que se dedicar mais à formação dos
professores da rede pública. É um motivo a mais para trabalharmos juntos
nesse processo”, disse.
Mercadante lembrou que, a partir de 2013, os mestres das escolas
públicas deverão receber tablets com toda a bibliografia da fase escolar
e as unidades de ensino precisarão ser equipadas com redes de Internet
sem fio. Haverá ainda novos investimentos em formação inicial e
continuada para professores, diretores e gestores.
Apesar das deficiências ainda existentes, é possível se observar uma
evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no
período de 2005 a 2011, segundo o presidente do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio
Costa, que também participou do evento. No ensino médio, o índice
evoluiu de 3,4 para 3,7, atingindo a meta estipulada.
De acordo com o dirigente, o salto é ainda maior no ensino
fundamental, cujo índice saltou de 3,8 para 5,0 no mesmo período. Para o
presidente do Inep, isso pode significar que, no futuro, esses jovens
contribuirão para um aumento no índice do ensino médio. “O Brasil está
melhorando, estamos avançando e vamos avançar. A pergunta é: a que
velocidade queremos isso? Tem que ser rápido”, concluiu.
A partir do dia 16 deste mês, o Conselho Nacional de Secretários de
Educação (Consed), vai discutir medidas de melhorias para o ensino
médio, segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação
(MEC), Cesar Callegari.
(Fonte: Site APEOC)